sexta-feira, 25 de junho de 2010

Seleção Brasileira

Nosso 10 é o 7!

Time titular: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.

A defesa conta com três jogadores que venceram todos os títulos que disputaram pela Inter de Milão na temporada: Júlio César , Lúcio e Maicon. É completada por Juan e Michel Bastos, bons jogadores. A defesa é boa... no papel.

Meio de campo: Gilberto Silva (dispensado do Arsenal após temporada no banco de reservas), Felipe Melo, chegou a ir ao banco do Juventus na temporada (e, que se diga a verdade, o time sentiu a sua falta), Elano (não conseguiu se firmar no Manchester City, time mediano, que é mais importante que conseguiu defender em sua carreira europeia) e Kaká (outrora indiscutivelmente um craque, para mim e para a maioria chegou a ser o melhor jogador do mundo, nessa temporada foi um mero coadjuvante de Cristiano Ronaldo em temporada pífia do Real Madrid).

Ataque: Robinho (que não conseguiu se firmar no Real Madrid nem no Manchester City e hoje não é considerado o craque do Santos) e Luís Fabiano (jogador importante do Sevilla, geralmente coadjuvante de Kanouté em seu time, obteve uma e apenas uma grande temporada na Europa, 2007/08, quando foi vice-artilheiro do campeonato espanhol, ficando três gols atrás de Güiza, atacante que sequer foi convocado para a Copa pela seleção espanhola).

É um time de coadjuvantes com a esperança de Kaká voltar a ser o que pode (e com medo de suas lesões). Nesse time de coadjuvantes, Elano ganha o "Oscar de melhor ator coadjuvante", sendo muito importante para o time com suas assistências (frequentemente em cobranças de bola parada), auxiliando na marcação e marcando gols (já são dois gols em dois jogos incompletos na Copa).

Nosso 10 é o 7!

Seleção Brasileira vence o grupo sem brilho e com auxílio do tórax lato sensu

Após três partidas de invencibilidade, o Brasil ainda não mostrou bom futebol (e nem qualquer outro time na competição).

Estreamos contra a Coreia do Norte vencendo por 2x1 e oferecendo a eles disparadamente o melhor resultado que conseguiram nessa edição da Copa (goleados por 7x0 e 3x0 nos jogos subsequentes).

O gol deles foi marcado numa desatenção generalizada da defesa brasileira.

A segunda partida estava bastante difícil, até o gol clamorosamente irregular de Luís Fabiano.

Sobre o gol, Pelé disse: “Acho que ele pegou um pouco dos dois. Deu uma de Pelé, com o chapéu, e uma de Maradona, ajeitando com a mão”. Obviamente imitando meu amigo Bruno (também conhecido como o único cidadão que comentou aqui no blog) que fez um comentário parecido ao vivo.

Após o segundo gol, a seleção ainda ofereceu a Costa do Marfim uma chance clara de gol, deixando seu melhor jogador (Drogba) desmarcado para cabecear na área, perdeu.

Após o terceiro gol, a história quase se repetiu, mas dessa vez Drogba guardou.

A última rodada foi decidida contra Portugal.

A equipe jogou bem o primeiro tempo, mas deixou a equipa adversária chegar com perigo no segundo.

Sem Kaká, Júlio Baptista (que deve ser ótimo jogador de rúgbi) poderia mostrar seu futebol se o tivesse. Nilmar (substituindo Robinho com desconforto muscular) aproveitou bem sua oportunidade e colocou uma bola na trave após importante defesa do goleiro Eduardo.

Portugal chegou com bastante perigo após um belo cruzamento de nosso zagueiro Lúcio (que armou as melhores jogadas para ambos os lados) para Raúl Meireles, que obrigou Júlio César a fazer grande defesa.

Quando parecia que o jogo terminaria mesmo no 0x0, a seleção brasileira, dessa vez com Lúcio, mais uma vez se valeu da "extensão do peito" a.k.a. braço. Na sequência do lance, Juan também entendeu que armar jogadas para o time adversário poderia ser bastante divertido e deu belo passe para Danny.

Nosso 10 é o 7, mas nosso 12 é o juiz.

Em um time que, pelo papel, esperar-se-ia que o forte fosse a defesa, uma falha contra a fraca Coreia do Norte, duas falhas contra a Costa do Marfim e duas falhas e um pênalti contra Portugal parecem demais.

Always look on the bright side of life!

A esperança do hexa fica pela fraqueza do futebol (não) apresentado por todos os adversários e pelo potencial e compromisso de Kaká. Além do mais a seleção brasileira já proporcionou belíssimos gols nessa edição da Copa do Mundo e, em termos de tradição, somos insuperáveis.

5 comentários:

  1. ainda bem que eu não sou o único a achar que a defesa é muito boa no papel.

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  2. Juan deveria ter sido expulso por jogar vôlei. Dunga deve torcer para que joguem uma bomba de hidrogênio e o tempo resete (sem realidades paralelas) para poder convocar Ronaldinho. E Júlio César querendo enganar a gente com aquela hitória fajuta de que não sente nada e usa aquele trambolho para se aquecer e para apoiá-lo psicologicamente?

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  3. Bem lembrada a interceptação de Juan (típica de futebol americano), ou talvez mesmo um bloqueio do vôlei.

    Acho que estamos sendo beneficiados pela arbitragem, mas naquele lance achei que o amarelo ficou de bom tamanho, Cristiano Ronaldo não iria sair na cara do gol, seria um lance de perigo na ponta direita, mas não ficou configurada a chance clara de gol para dar ensejo a uma expulsão.

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